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11/22/2012

Vou falar da culpa cega, a mesma que cerra os olhos do coração, inverte a visão dos fatos e revolta as pessoas na fantástica gangorra da evolução. É certo que a queixa, no 'poder' absoluto de cada um, cria cobra, rancor do mundo lá fora. Deixa fraca a clara alma, aquela amiga boa que cresce com os tombos do minuto seguinte. Quem os conhece de fato, afim de disparar contra suas intenções? 

Tudo tem um objetivo pra cima - algo de muito restaurador! Até as loucas quedas que, vira e mexe, faz sofrer, derrete a calda boa que adoça os propósitos humanos. Com elas, cria-se a triste evaporação do pensar positivo, denotação de entrega, derrota, descaso no próprio caminho. 

É engraçado quando por cima, o bobo é dono da situação, o 'pai' único da boa idéia que gera fortuna e, assim, cria pose de herói diante das evidências. O mesquinho vitorioso vira rei na terra do egoísmo e vangloria-se, sozinho, pela cômoda situação que lhe permite tudo, até mesmo pisar em alguém, julgar sem provas, debochar de um sorriso, driblar as leis, esquecer o belo e preciso ato de ajudar, respeitar, colaborar... 

Mas aí, o mundo dá voltas, a gigante roda da vida gira forte e deixa tonto o tolo reizinho mandão. E assim - sem céu e sem chão - não existe mais distância, cai a máscara da arrogância e o escudo vira véu de seda pura, que transforma a criatura em alvo de injustiça. 

Então, a suposta vítima esbraveja a esmo, cobrando explicações que, a todo o tempo, estão ali, em momentos passados e nem sempre lembrados pela vã memória. 

É a dor da doença, as grades do vício, a mentira que compensa o meio a atingir o fim. Um amor perdido, o bolso falido, o 'pobre de mim'! As lamentações tornam-se escudos contra a lança dos extremos. Uma coisa qualquer que justifique tão grande tormenta. 

Olhar para trás e reconhecer as próprias faltas e erros? Ah não, isso nem faz parte do hipócrita em questão, aquele que faz da vida a falsa arte do tudo pode, onde a culpa é alimento dos fracos e as falhas não existem em hipótese alguma. Ganham a cínica alcunha do azar. Assim fica muito fácil analisar tudo como se fosse um castigo. O simplismo na transferência das responsabilidades. 

O Criador, porém, não castiga; apenas convida à reflexão através de novas oportunidades, do trabalho, das verdades da consciência - o maior e mais justo juíz no caminho da reparação, do crescimento e do desenvolvimento daquilo que de mais lindo e nobre pode nascer das relações humanas: a humildade e o respeito. 

Muita sorte e um grande beijo para quem vai. Outros tantos cheios de carinho para quem fica! E assim segue a vida - bonita, bonita demais...

(Autor Desconhecido)

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