Da Musa à Dor
11/16/2012
Como eu disse, o poeta a musa cria.
Logo, porém, a dor se faz presente,
toma o lugar da amante sempre ausente,
engano a transtorná-lo todo dia.
Garanto, não seriam diferentes
estes versos vertidos doutro esteta,
diante de musa estranha, anacoreta,
que é metade ilusão, metade gente!
O verso é produção de alma ferida,
é canto lamentoso no abandono,
declaração à amada que partiu!
Pois a musa é o fantasma que dá vida
aos sonhos delirantes dos outonos
de quem nunca viveu, só se iludiu!
(Autor Desconhecido)
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