[Resenha] Trópico de Câncer

12/13/2017


Livro: Trópico de Câncer
Autor: Henry Miller
Páginas: 320
Ano: 2017
Comprar: Físico

Sinopse: Publicado originalmente em 1934, em Paris, Trópico de Câncer foi imediatamente proibido em todos os países de língua inglesa. Tachado como pornográfico, assim como seu sucessor Trópico de Capricórnio, só foi liberado nos Estados Unidos e na Inglaterra nos anos 1960, aclamado como parte da revolução sexual. O livro foi celebrado pelos maiores intelectuais da época e se tornou um dos grandes clássicos da literatura americana. Samuel Beckett o saudou como “um evento monumental da história da escrita moderna”. E outros nomes como T. S. Eliot, Ezra Pound e Lawrence Durrell também notaram rapidamente o talento de Miller. O livro traz um relato autobiográfico e idiossincrático de Miller, que chega a Paris após abandonar nos EUA um casamento arruinado e uma carreira estagnada. Mesmo sem um centavo no bolso, Henry Miller é apresentado à boemia francesa e redescobre seu próprio talento em dias e noites de liberdade e alegria sem fim.

Uma autobiografia, onde o autor irá narrar os casos e acasos da vida de um escritor americano que vai trabalhar em Paris.

"O câncer do tempo está nos corroendo. Nossos heróis se mataram, ou estão se matando. O herói, portanto, não é o Tempo, mas a Ausência de Tempo."

A escrita é recheada de palavrões, o que já nos mostra os ambientes que ele frequentava.
Ele é um homem sozinho, gastava seu dinheiro com prostitutas e bebidas, suas atitudes diante das situações de altos e baixos mostra como ele é uma pessoa fria, pelo menos essa foi a visão que tive dele.

"Este não é um livro. É uma difamação, uma calúnia, uma falta de caráter. Não é um livro no sentido comum da palavra. Não, este é um longo insulto, uma cusparada na cara da Arte, um chute na bunda de Deus, do Homem, do Destino, do Tempo, do Amor, da Beleza, do que você quiser."

Divagaremos com ele, entre seu passado e presente, talvez fique confuso para alguns a mudança de tempo, mas com a leitura dá pra perceber quando ela acontece.
É uma obra que não agradará a todos, mas caso vocês goste de livros filosóficos, gostará de refletir sobre essa obra, pois ele mostrará uma Paris de forma real, sem o glamour que estamos acostumados a ler ou assistir.

"Às vezes, ele entrava em transe e falava em suas encarnações anteriores ou, pelo menos, como achava que tinham sido. Ou contava sonhos que, para mim, era totalmente sem graça, prosaicos, não mereciam a atenção nem de um freudiano, mas que, para ele, ocultavam nas profundezas maravilhas esotéricas que eu precisava ajudá-lo a decifrar. Ele se virou do avesso, como um paletó que está puído."

Vale a pena a reflexão.

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