PRECISANDO DE AMOR

1/28/2011

Quem não gosta de ser amado?
Ser paparicado?
Receber atenção especial, presentinhos e beijinhos doces?
Quem não gosta de surpresinhas gostosas, beijo na boca
e abraços apertados?
Quem é que de livre e espontânea vontade prefere a
solidão a uma boa companhia?
Ora, todo mundo quer uma boa companhia e de
preferência para o todo sempre.
Mas conviver com essa 'boa companhia' diariamente por
3, 5, 10, 15, 25 anos é que é o difícil.
No começo dos relacionamentos e até 1 ano de vida
amorosa, tudo são mais ou menos flores.
Brigas e discussões, (caia fora dessa fria).
Não adianta você dizer que depois de três meses apenas
que encontrou o 'amor de sua vida', porque o amor
precisa de convivência para ser devidamente testado.
Nesse mundo maluco e agitado, as pessoas estão se
encontrando hoje, se amando amanhã e entrando em crise
depois de amanhã.
Uma coisa frenética e louca que tem feito muita gente,
que se julgava equilibrada, perder os parafusos e
fazer muita besteira.
Paixão, loucura e obsessão, três dos mais perigosos
ingredientes que estão crescendo nos relacionamentos
de hoje em dia por causa da velocidade das informações
e o medo de ficar sozinho.
As pessoas não estão conseguindo conviver sozinhas com
seus defeitos, vícios e qualidades, e partem
desesperadamente para encontrar alguém, a tal da alma
gêmea, e se entregam muitas vezes aos primeiros pares
de olhos que piscam para o seu lado.
Vale tudo nessa guerra, chat, carta, agência, festas e
até roubar o parceiro de alguém.
É uma guerra para não ficar sozinho.
Medo?
Com medo de se encarar no espelho e perceber as
próprias deficiências?
Com medo de encarar a vida e suas lutas?
Então a pessoa consegue alguém (ou acha que está
nascendo um grande amor), fecha os olhos para a
realidade e começa a viver um sonho, trancado em si.
Mesmo nos quartos e no seu egoísmo, a pessoa transfere
toda a sua carência para o (a) parceiro (a), transfere
a responsabilidade de ser feliz para uma pessoa que na
verdade ela mal conhece.
Então, um belo dia, vem o espanto, a realidade, o caso
melado, o 'falso amor' acaba, e você que apostou todas
as suas fichas nesse romance fica sem chão, sem eira
nem beira, e o pior: muitas vezes fica sem vontade de
viver.
Pobre povo desse século da pressa!
Precisamos urgentemente voltar o costume 'antigo' de
'ter tempo', de dar um tempo para o tempo nos mostrar
quem são as pessoas.
Namorar é conhecer, é reconhecer, é a época das
pesquisas, do reconhecimento...
Se as pessoas não se derem um tempo, não buscarem se
conhecer mais, logo em breve teremos milhares de
consultórios lotados de 'depressivos' e cemitérios
cada vez mais cheios de suicidas 'seres cansados de si
mesmos...'.
faça um bem para si mesmo e para os outros, quando
iniciar um relacionamento procure dar tempo para tudo:
passeie muito de mãos dadas, converse mais sobre
gostos e preferências, conheça a família e mostre a
sua, descubra os hábitos e costumes.
Parece careta demais?
Que nada, isso é a realidade que pode salvar
relacionamento e muitas vidas.
Pense nisso e se gostar, passe essa mensagem para
frente; quem sabe se juntos, não ajudamos alguém
carente de amor a encontrar um motivo para ser feliz?
Muita pretensão?
Não, só vontade de te ver feliz.



Luiz Fernando Veríssimo

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