[Resenha] Heroínas

9/21/2018


Livro: Heroínas
Autora: Laura Conrado, Pam Gonçalves e Ray Tavares
Páginas: 256
Ano: 2018
Comprar: Físico 

Sinopse: Não faltam heróis. Dos clássicos às histórias contemporâneas os meninos e homens estão por todo lugar. Empunhando espadas, usando varinhas mágicas, atirando flechas ou duelando com sabres de luz. Mas os tempos mudam e já está mais do que na hora de as histórias mudarem também. Com discussões feministas cada vez mais empoderadas e potentes, meninas e mulheres exigem e precisam de algo que sempre foi entregue aos meninos de bandeja: se enxergar naquilo que consomem.Este é o livro de um tempo novo, um tempo que exige que as mulheres ocupem todos os espaços, incluindo a literatura.Laura Conrado imaginou as Três mosqueteiras como veterinárias de uma ONG, que de repente contam com a ajuda de uma estudante que não hesita em levantar seu escudo para defender os animais.A Távola Redonda de Pam Gonçalves é liderada por Marina, que diante do sumiço do dinheiro que os alunos de sua escola pública arrecadaram para a formatura, desembainha a espada e reúne um grupo de meninas para garantirem a festa que planejaram.E Roberta é a Robin Hood de Ray Tavares. Indignada com a situação da comunidade em que vive, a garota usa sua habilidade como hacker para corrigir algumas injustiças.Este é um livro no qual as meninas salvam o dia. No qual elas são o que são todos os dias na vida real: heroínas. Finalmente.
O livro é composto por três contos, uma readaptação dos clássicos Os três mosqueteiros, a Távola Redonda e Robin Hood. Esses contos foram rescritos com os personagens na versão feminina e trazidos para o contexto de nossa atualidade, eles têm como temas centrais a amizade, união, sexualidade e política. 

"A vida é assim: cada um faz o que dá conta em determinado momento da vida, conforme a sua consciência."

No primeiro conto “Uma por todas e todas por uma”, iremos conhecer a história da Daniela d’Artagnan, uma jovem que sonha em se tornar veterinária e deseja iniciar seus trabalhos na ONG Mosqueteiros e apesar da tentativa de início não ser positiva, ela acaba conhecendo uma das responsáveis pelas as atividades da ONG e faz amizade com ela. E junto com as outras garotas responsável pela Mosqueteiros elas vão tentar salvar a ONG de ser fechada. 

"Mas nem tudo é frio, afinal nossa relação tem um gosto bom, um sabor único que não se encontra por aí."

O segundo conto “Formandos da Távola redonda” conta a história da Marina, uma jovem que está finalizando o terceiro ano do ensino médio e além de ter que da conta com as responsabilidades da escola, ela terá que da conta do Enem, dos vestibulares e será convocada pela diretora da escola a montar uma comissão de formatura e tentar fazer com que a formatura de fato aconteça após terem o dinheiro que seria investido roubado. Marina decide convocar mais 5 meninas para ajudá-la, só que além de tudo isso ela se ver num relacionamento fadado a um possível fracasso. 

"Por favor, não me peça para deixar de dar importância pra algo que realmente é importante pra mim. Uma das poucas coisas que ainda é importante pra mim."

No terceiro e último conto “Robin, a proscrita”, iremos conhecer a história de Roberta Horácio, filha adotiva dos Horácios, uma família pobre que tentava ter filhos mas não conseguia. E acaba adotando-a pois a deixaram num cesto em sua porta. Essa jovem se torna uma justiceira, que desviava dinheiro do rico pastor da comunidade de Selva de Pedra através do computador e redistribuía o dinheiro fazendo bem a comunidade, uma forma de se vingar pelo mal que ele fez a ela e ajudar aqueles que precisavam. 

"Eu não consigo pensar com você encostando em mim, e a única coisa que faço bem nessa vida é pensar"

O livro conta com uma bela diagramação, a escrita é fluída para quem curte algo mais jovem, em alguns momentos eu achei monótono, mas indico e recomendo sim que leiam.

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