[Resenha] Serpentário

12/09/2019


Livro: Serpentário
Autor: Felipe Castilho
Páginas: 368
Ano: 2019
Comprar: Físico

Carol, Mari e Hélio eram de famílias ricas, com seus futuros já programados para serem pessoas de sucesso, tudo já bem decidido pelos pais. Paulo era filho de uma empregada doméstica, sem muitos planos para o futuro, mas uma pessoa com um belo coração. Esses quatro se tornaram amigos, pois todas as férias eles estavam juntos. Mesmo com suas brigas de adolescentes era sempre o mesmo lema ou vai todos ou ninguém vai.
E quando o cachorro de Carol sumiu eles tiveram a péssima decisão de ir todos. Mas pra onde? O que fizeram? O que realmente aconteceu?

"Serpentário" irá contar a história de quatro amigos, Caroline, Hélio, Mariana e Paulo que hoje adultos vivem com os traumas do passado e se perguntam o que realmente aconteceu naquele réveillon de 1999?

"... a ignorância é uma benção, e bem-aventurados são os que consegue mantê-la por uma vida inteira."

Há 19 anos, os quatro adolescente foram parar na ilha das cobras, uma ilha misteriosa, coisas estranhas aconteceram enquanto eles estavam lá, inclusive a morte do Paulo. Mas hoje adultos e com a descoberta de que o Paulo estaria vivo, eles resolvem se encontrar e por esclarecer os fatos. 


Verdade seja dita, ler "Serpentário" é ler as entrelinhas do que o autor Felipe Castilho escreveu, o livro irá permear entre o passado e o presente dos quatro amigos, no decorrer dá leitura teremos fragmentos atemporais tanto do passado quanto do futuro, tudo para complementar a narrativa da história.


A história trás mistérios do início ao fim, o que torna a leitura do livro rápida, pois aguça a curiosidade, acredito que o autor trás apenas metáforas em sua narrativa, como a troca de pele da serpente, por exemplo, que vem mostra as mudanças do ciclo da vida (infância, adolescência, adulto, idoso), que mesmo mudando a "pele" a personalidade é a mesma. 

Teremos temas que são bem polêmicos durante a leitura como preconceito racial, homofobia, elitismo, corrupção. O autor ainda trás referências da década de 90, quem passou por essa época se sentirá nostálgico durante a leitura. Muitas vezes me vi nos gostos musicais e de vestuário da Mariana. 
É uma leitura instigante, envolvente e reflexiva.   

Sinopse: Todo ano, Caroline, Mariana e Hélio costumavam deixar a capital paulista para encontrar Paulo, um jovem habituado à simples vida caiçara. No entanto, a amizade construída nas areias do litoral sofreu abalos sísmicos no Réveillon de 1999, quando algo tão inquietante quanto o bug do milênio abriu caminho para uma misteriosa ilha que despontava no horizonte, e explorá-la talvez não tenha sido a melhor decisão.
Sobreviver à Ilha das Cobras tem um preço. O arquipélago é um ambiente hostil, tomado por víboras, e esconde segredos tão perturbadores quanto seus habitantes. Mais do que um equívoco darwiniano ou uma lenda popular, a ilha praticamente destruiu a vida deles. Entre memórias e fatos fragmentados, o que aconteceu naquela fatídica noite se tornou um mistério. Mas de algumas coisas eles se lembram perfeitamente: uma enorme e ameaçadora serpente, além de uma pessoa sendo entregue ao ninho da víbora, um sacrifício sem chance de recusa.
Anos depois, Caroline é confrontada com um de seus piores pesadelos: a pessoa que eles abandonaram está viva. Um fantasma do passado que surge para fazer suas certezas caírem por terra. Então, ela decide reunir os amigos para entender o que aconteceu. E talvez o encontro seja parte de algo maior... e maligno. Em Serpentário, Felipe Castilho mostra todo o seu talento ao mesclar referências do folclore e da mitologia a elementos da cultura pop, da ficção científica e do horror.

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